sábado, 26 de março de 2011

Eu e você

Passou. Passou. Passou.
As palavras não ditas ficam.
Onde estará o momento exato do encontro?
Não consigo me lembrar.
Nem sentir.
Nem ver.
Mas está em mim e persiste.
Enublece minha visão.
As lágrimas do amanhã.

Onde parei que não sei?
Me pego em vãos que não existem
e existem em mim.
Percebo aquilo da entrelinha.
Aquilo que foi pronunciado e disse-me:
Adiante.
Chegou a hora, por enquanto?
Sei menos do que imagino.
E imagino que sei tão pouco.