terça-feira, 26 de junho de 2012

Amor

Posso ver nos olhos
o brilho
ofertado sem pedido
nem medido
do momento que estou
presente

E ausente,
como uma folha
a cair
ao solavanco do vento,
Encontro novo
caminho de mim.

A voz alegre
que acaricia
mostra a cura
de dores
muitas, no inexorável
desbotamento.

O verde verdeja verdejante
as cores
tornam-se pulsantes
é luz
demais nos olhos
em torno do que há.

As palavras chegam
dispersas tanto
formam um todo soante
Prendem-se
no fio invisível
indelével das fragâncias.

sábado, 2 de junho de 2012

Poderia dizer que estou triste,
mesmo sabendo da diferença
de ser e estar, de ir e vir,
Sou alegre, carrego comigo
minhas líricas vicissitudes.

Entrego-me ao pensamento
do passado inexiste,
E comprovo que ele existiu,
Perdura para o sempre
sem qualquer esforço.

Mais lágrimas caem
da face acalorada
A constatação é a única
desimportante
Meus olhos brilham.

Não se deve evitar a dor
por medo do ferimento
Frente à vida
tudo é pequeno
e humano.

Poderia dizer que estou triste,
mentindo, quando fosse o
inverso sentido,
Mas já está dito
Já está feito. Já é.