sábado, 30 de maio de 2009

É

Voltei ao centro de mim
E as águas límpidas eram visíveis
Sorri quando me vi e percebi
que estou a caminho.

E todas feições perdidas foram
Olhar parece-me agora tão leve
Sinto o vento tranquilo em meu rosto
Lembro-me de que estou chegando.

Mais que audição tão compassada
Minha voz audível por meus sentidos
Sei que pensar é lançar-se à frente
Hoje está um dia tão lindo, imcomparável.

Por mais que tente é pouco e é
tão distante, tão perto e muito
Enquanto falo apareço toda e pouca
Ler é ver o além e aquém do corte.

Quem tem um lindo dia sempre
Não se incomoda com céu nublado.
E sorrio com o audaz caminho que percorro,
de viver a vida ao teu lado.

domingo, 24 de maio de 2009

Chego e posto.

Começarei com um poema atualíssimo. Aqui postarei poemas e contos.


Incandescência

Passam as horas cintilantes no céu,
e pessoas caminham sem olhar ponteiros,
Qual é o tempo medido em cada infindável passo?
E o brilho que retina e ilumina por quanto é calculável?

Se ao menos cada mão pudesse abraçá-lo...
Se ao menos cada fio pudesse contê-lo...

Mas a vida gira em qualquer redemoinho,
E acaba em qualquer precipício.
Cada ponto acende um fugaz espaço.
Cada tique-taque apaga um infindável passo.

No mais restam resquícios retratados
e assim permanecem doadores
Traem o negro quando o escuro tornar-se tudo,
são neblina, ao entardecer; são fulgor, à esperança.

Qual ponte é construída do que foi?
Qual ponte será construída do que é?

Quem tem tanto que possa dar tudo?
E assim permanece intragável o tempo.
E assim permanece inexpugnável o brilho.
Nada altera o compasso do que já foi dado.