domingo, 24 de maio de 2009

Chego e posto.

Começarei com um poema atualíssimo. Aqui postarei poemas e contos.


Incandescência

Passam as horas cintilantes no céu,
e pessoas caminham sem olhar ponteiros,
Qual é o tempo medido em cada infindável passo?
E o brilho que retina e ilumina por quanto é calculável?

Se ao menos cada mão pudesse abraçá-lo...
Se ao menos cada fio pudesse contê-lo...

Mas a vida gira em qualquer redemoinho,
E acaba em qualquer precipício.
Cada ponto acende um fugaz espaço.
Cada tique-taque apaga um infindável passo.

No mais restam resquícios retratados
e assim permanecem doadores
Traem o negro quando o escuro tornar-se tudo,
são neblina, ao entardecer; são fulgor, à esperança.

Qual ponte é construída do que foi?
Qual ponte será construída do que é?

Quem tem tanto que possa dar tudo?
E assim permanece intragável o tempo.
E assim permanece inexpugnável o brilho.
Nada altera o compasso do que já foi dado.

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