sexta-feira, 27 de abril de 2012

Sentir o próprio corpo
com estranhas dores
Como se as de si
já não fossem o bastante

Mas no mundo tudo cabe
a galáxia é imensidão
E o que não posso ver
vive independente de mim

Cheios de boas vontades
mãos e pés se movem
levam para outro lado
levam para abaixo da terra

A escolha é trabalho
árduo, há vozerio
pelos descampados
Escuto a voz de mim

Nada quero ter
a não ser a liberdade
E poder ser contrária
a qualquer máscara

Minha vista se enubla
e um lago insurge
Contemplo o reflexo
no centro formado

Sinto o quanto sou
não podem as palavras
Todos não me virão
Todos não me darão a mão

O exato pontua a medida
Além da montanha
o deserto é ilusão
Abro-me à alegria

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