quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Tempestade

Limpa a chuva a rua
Os restos se vão, aos montes,
até chegarem nos bueiros
e cravarem o esquecimento

Conseguem entupir qualquer
aposento por mais profundo
que seja e comportem aquilo
que já não possui serventia

A chuva molha os objetos,
o corpo, a aparência e as formas
Tudo aquilo que se pode tocar
nem sempre se pode ter.

O desgaste é o fim, já não há
remédio nem remendos
O acaso é possibilidades
Cai a chuva ao redor.

14/11/2011

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