domingo, 12 de fevereiro de 2012

O amor

Espreita-se pelas frestas do saber
O que não aparece frente a frente
Espera-se a resolução do que
a matemática não pode calcular.

Em qual passo encontra-se
o plano para o momento seguinte?
Não há esquemas para o suceder
Nem onde se possa encaixá-lo.

O presente é dar-se, dar-se
continuamente, sempre e mais
Infindavelmente, renova-se
É flor que cresce a cada manhã.

Não há volta. Rodovia de mão
dupla. E, pelo espaço, espande-se
ao horizonte azul estrelado.
Há luz em brasa viva.

Era um dia tarde. A vez da rotina
que prende nas amarras do
cotidiano. Presos pela urgência
velada pela presença. Elo.

Esquece-se para lembrar.
Recordação vinda do aço
inexorável. Tempo atemporal
transforma a paisagem.

Sentidos espalham-se
aos ares. Corpos tecidos,
presentes em distintos
tons. Chega(m)-se. Agora.

12/02/12

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